A Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo (Fes) realizou nesta sexta-feira (6), uma reunião para colocar em pauta as exigências estabelecidas pelo relatório de vistoria dos estádios, realizada por uma comissão formada pelo Tribunal de Justiça Desportiva, Fes e Associação dos Cronistas Desportivos Capixabas, em fevereiro deste ano. Participaram do encontro representantes de 13 clubes capixabas, Fes, Ministério Público, Tribunal de Justiça Desportiva, Procon, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.
O procurador do Tribunal de Justiça Desportiva Aylton Gomes Cabral, que fez parte da comissão que vistoriou os estádios, esclareceu aos dirigentes alguns pontos de destaque do relatório e explicou como as visitas foram realizadas. Cabral também destacou que as exigências apresentadas no documento são o mínimo necessário para que os estádios possam oferecer condições de segurança e salubridade para torcedores, atletas, arbitragem e imprensa.
Os reparos exigidos pelo relatório estão relacionados a melhorias em banheiros, vestiários para jogadores e árbitros, instalações hidráulicas e elétricas, arquibancadas, cabines de imprensa, gramados, banco de reservas, entradas e saídas de estádios e higiene de modo geral. Durante o encontro, o tenente do Corpo de Bombeiros Sávio Almonfrey anunciou que a partir de julho serão realizadas novas inspeções, baseadas em uma padronização específica para segurança nos estádios, e que por isso os clubes terão que seguir normas mais rígidas. Dirigentes dos clubes presentes deram seus pontos de vista sobre o relatório e falaram sobre a concorrência desleal de campeonatos não oficiais que acontecem no Espírito Santo, que, de acordo com eles, recebem apoio financeiro de instituições públicas. O promotor Saint’Clair Júnior afirmou que vai instaurar um inquérito civil para apurar o investimento do poder público nas competições não oficiais.
Os representantes dos clubes também destacaram a necessidade do apoio dos órgãos públicos municipais e estaduais para a reforma dos estádios. A Fes se colocou à disposição dos clubes para auxiliar na captação de recursos para a reforma dos estádios. Na opinião do Diretor Executivo da Federação de Futebol, João Henrique Areias, não existe jogos olímpicos ou copa do mundo de futebol sem o poder publico. “Os clubes desenvolvem um papel de inclusão social e de formação de cidadãos da maior importância, com as divisões de base, por exemplo, que reúnem garotos de 11 a 20 anos”. O Flamengo e o Botafogo são patrocinados por Petrobras e Liquigas respectivamente, empresas publicas. O Maracanã e o Engenhão foram construídos pelo poder púbico. O futebol mineiro foi um antes e se tornou outro depois que o Mineirão foi construído pelo Governo do Estado. Comentou Areias.
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